Alerta: Brincadeiras perigosas podem resultar em sequelas irreversíveis
Você já ouviu falar no desafio da rasteira ou 'quebra-crânios'? Brincadeiras perigosas têm circulado pela internet atraindo crianças e adolescentes.
O Nacional Jovem desta segunda-feira (17) fala sobre uma brincadeira perigosa que vem levando jovens à morte e outras sequelas irreversíveis como: lesões toráxicas, traumas na cabeça e lesão modular. Você já ouviu falar no desafio da rasteira ou 'quebra-crânios'? Nos últimos tempos, brincadeiras como essa têm circulado pela internet atraindo muitas crianças e adolescentes.
Mas como falar sobre isso com os jovens sem assustá-los? No Ceará, existe até uma ONG que nasceu com o intuito de desenvolver pesquisas sobre este assunto. Quem conta essa história pra nós é o fundador do Instituto DimiCuida, Demétrio Jereissati.
"Essas brincadeiras têm surgido quase, que semanalmente, na internet e isso atrai, realmente, os jovens e adolescentes que em busca de desafios, emoções e novidades e na falsa situação de que são senhores da situação acabam se acidentando e, inclusive, terminando em morte. Nós criamos o Instituto, em 2014, após a perda de um filho meu de 16 anos para a prática do 'desafio do desmaio'. Uma brincadeira, que á época, quase não se falava no Brasil. E nós começamos esse trabalho de pesquisa, estudo e prevenção. Nós fazemos, quase que diariamente, esse trabalho de prevenção nas escolas e para os pais levando aos adultos o conhecimento dessa vulnerabilidade e desse conteúdo que está aí na internet sem nenhum filtro", explica Demétrio.
Na entrevista, ele propõe uma mudança no Marco Civil da Internet que nesses 6 anos pra cá mudou muita coisa. Para que sejam criminalizados e respondam por seus atos as pessoas que disponibilizam esses conteúdos.
"O jovem precisa entender o que está por trás disso. Que são os influenciadores digitais muita das vezes pagos para isso. Por isso, o compartilhamento não deve ser feito pelos pais em grupos de WhatsApp. É preciso muito cuidado em como lidar. Mas e o bullying que esse jovem sofre ao não topar a brincadeira? Nessa hora o jovem vai precisar ter um pouco mais de cuidado com a sua vida. Para isso é preciso conhecer que mundo digital o seu filho está vivendo", afirma Demétrio.
Mas como fazer essa abordagem aos jovens? Segundo ele, é preciso saber o que é visto, como é que se faz e o que se brinca com o grupo na escola. E volta a afirmar que esse é um trabalho de todos: educadores, pais, sociedade e poder público.
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