ESCOLAS ESTADUAIS PARTICIPAM DE PROGRAMA DE SALA DE AULA VIRTUAL
Trabalhar de forma on-line com todos os arquivos nas nuvens e utilizando apenas um dispositivo móvel já é realidade para muitas profissões no Brasil e no mundo. Agora, essa tecnologia chega também às escolas estaduais catarinenses, por meio de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Educação (SED), o Conselho Estadual de Educação (Consed) e a Google. Em 2020, o Google For Education inicia como programa em duas unidades escolares de Florianópolis, a EEB Profª. Laura Lima e a EEB Intendente José Fernandes.
Após a assinatura do acordo em 2019, o processo de implementação da plataforma nas escolas foi iniciado com reuniões de planejamento e treinamentos. Neste primeiro ano de programa, a empresa distribuiu nas duas escolas 108 Chromebooks, um dispositivo móvel que tem a aparência de um computador e as configurações de um celular, com todos os aplicativos da Google. O Chromebook leva 10 segundos para ligar e tem longa duração de bateria.
Além dos Chromebooks, cada escola também recebeu um carrinho de carregamento para facilitar o dia a dia. Enquanto a Google fornece esses dispositivos, a preparação técnica e a formação pedagógica, a SED se compromete a implementar uma internet de melhor qualidade dentro da sala de aula. Dessa forma, os alunos podem compartilhar materiais e utilizar todas as ferramentas Google de forma rápida e eficiente, aumentando o seu engajamento e melhorando o processo de ensino e aprendizagem.
Ambiente virtual facilita aprendizagem
Durante as aulas, cada estudante terá o seu aparelho personalizado com o e-mail para acessar a plataforma Google For Education e fazer as tarefas propostas pelos professores inteiramente on-line. O Google Sala de Aula ou Classroom, um dos aplicativos da plataforma, foi desenvolvido para professores, sendo que seu principal objetivo é ser um centralizador das informações que envolvem alunos, professores, gestores e familiares.
Para Luiz Alessandro da Silva, Coordenador de Tecnologias Educacionais da SED, o uso da plataforma eleva o nível da educação para os estudantes catarinenses. “Em um mundo em que os alunos de todas as idades estão cada vez mais conectados, é preciso dar uma atenção especial às novas gerações, que estão repletas de nativos digitais. Esses estudantes que já nasceram conectados se sentem muito à vontade em ambientes virtuais de ensino. Não interessa a idade ou a experiência do aluno, quanto mais recursos ele dispuser para tornar essa experiência ainda mais proveitosa, melhor para o professor e para os estudantes”, explica.
O programa cria um ambiente virtual para a interação entre professores e alunos durante as aulas utilizando o Chromebook e em qualquer lugar utilizando outro dispositivo móvel com acesso à internet. As ferramentas possuem políticas de seguranças para os alunos, que estarão envolvidos apenas em assuntos pedagógicos. Com o gerenciamento das atividades realizadas no Chromebook, o processo de medir os indicadores em sala de aula de cada aluno também é facilitado.
Formação de professores
A primeira formação presencial para os professores, que irão trabalhar com o Google For Education, aconteceu nos dias 17, 18 e 19 de fevereiro. O curso envolveu 60 profissionais do Ensino Fundamental (Anos Finais) e do Ensino Médio. Neste primeiro momento presencial foram trabalhados os temas: Mudanças na Sociedade, Segurança on-line, Cidadania Digital, Google Fotos, Gmail, Drive, Classroom, Doc e Apresentações.
No mês de abril os professores terão mais 8 horas de curso presencial, além de 44 horas de aulas EAD, totalizando 60 horas de formação. Durante os encontros presenciais, colaboradores da empresa GetEdu, parceira da Google que implementa o Google For Education nas escolas, vêm até as unidades para realizarem a formação presencial e o acompanhamento do programa de perto.
A diretora da EEB Intendente José Fernandes, Valquíria María Luvison, acredita que o curso é uma ferramenta inovadora que condiz com a realidade digital dos alunos. “Para o professor ainda é uma novidade que precisa ser detalhada e orientada. Com certeza a nossa escola está muito feliz em fazer parte desse início. Não tem mais como desassociar a internet do processo de educar. Estamos otimistas e esperamos que tenhamos subsídio e capacitações para fazer uso produtivo de todas as ferramentas do programa”, opina.
Próximos passos
Em junho, os participantes deverão entregar o Projeto Final com a aplicação das soluções do Google for Education no ambiente escolar e a avaliação do impacto parcial do programa nas duas escolas. Os professores participantes serão multiplicadores em suas unidades e aqueles que tiverem melhor desempenho no curso receberão certificação de Google Educator Level 1 e fomento para se tornarem educadores mundiais da Google.
Os professores participantes do curso, durante as aulas, irão selecionar alunos para serem tutores de tecnologia Google para engajar esses estudantes. Cada jovem selecionado irá adotar um professor para ajudá-lo a colocar em prática o uso das ferramentas. Além disso, servirão de monitores para auxiliar alunos e professores nas escolas.
“A busca com a adoção do Google for Education nas escolas é envolver mais os alunos com as atividades escolares e fazer com que professores e alunos possam se conectar e trabalhar em qualquer lugar, utilizando qualquer dispositivo com acesso à internet, seja ele móvel ou não. 60% dos alunos que hoje estão em uma sala de aula, irão trabalhar em profissões que ainda não existem e precisarão fazer uso das tecnologias no mercado de trabalho, por isso precisamos prepará-los para esse futuro e fazermos com que eles se familiarizem de forma natural e atrativa”, afirma Marcele Aline da Silva Garrido, diretora de projetos educacionais na GetEdu e Google Innovator.
Após o final da formação de professores, a GetEdu dará apoio e ajudará na análise dos resultados nas novas dinâmicas em sala de aula. Em dezembro, no final da aplicação do programa, representantes da Google, alunos, professores, gestores e integrantes da SED e do Consed irão realizar a avaliação e a elaboração do diagnóstico final.
Texto: Maria Eduarda Dalponte
Jornalista Responsável: Sicília Vechi
Jornalista Responsável: Sicília Vechi
Nenhum comentário:
Postar um comentário