quarta-feira, 23 de outubro de 2019

DIGA NÃO AO PRECONCEITO...

6 principais tipos de preconceito


O preconceito é uma opinião preconcebida sobre uma pessoa, um fato ou uma situação. Ela se origina em um juízo de valor que é determinado sem reflexão ou conhecimento do assunto e, por essa razão, não possui fundamentação.
O preconceito é uma ideia simplista a respeito de um assunto ou de uma pessoa, ou seja, é uma ideia predeterminada que não é avaliada por um pensamento mais crítico. Muitas vezes é uma ideia que se baseia na falta de conhecimento sobre um assunto, não refletindo a realidade.
Conheça agora alguns dos principais tipos de preconceito.

1. Preconceito racial

O preconceito racial é a ideia de que pessoas de uma determinada raça são superiores a outras. Se caracteriza por um sentimento de discriminação perante pessoas que pertencem a outra etnia ou outra raça, sendo a discriminação devida ao fato de que se considerada o outro inferior.
O preconceito de raça ou de etnia é chamado de racismo e existe no mundo todo. Uma das formas mais comuns de manifestação deste preconceito é em relação a pessoas negras. Entretanto, existem outras formas de manifestação preconceituosa, como ocorre com estrangeiros em um país diferente do seu local de nascimento. Neste caso o preconceito é chamado de xenofobia.
É importante dizer que a denominação preconceito racial não é a mais adequada, apesar de ser bastante utilizada, já que raças humanas não existem.
Neste caso, o mais correto é fazer uma referência a diferentes etnias ou grupos étnicos, que são grupos de pessoas que têm a mesma nacionalidade ou que se identificam por questões culturais ou históricas.

2. Preconceito social

Este tipo de preconceito também é chamado de preconceito de classe social, ou seja, é relacionado ao sentimento preconceituoso ligado ao status social ocupado por uma pessoa. É um preconceito que, normalmente, se encaixa nas diferenças entre ricos e pobres. Entretanto, este preconceito também pode ocorrer entre pessoas que pertencem a mesma classe social.
Assim, o preconceito social pode estar relacionado com nível de escolaridade, com padrão de vida, renda, dentre outros. Não se refere somente às questões relacionadas com padrão de vida e possibilidade de acesso a bens, mas também à escolaridade, à profissão, ao acesso à cultura, ou seja, com todos os aspectos de uma posição social.
O preconceito social, assim como outras manifestações preconceituosas, é normalmente motivado por um sentimento de superioridade de uma pessoa em relação a outra. Neste caso, imagina-se que há superioridade de pessoa pelo fato de deter mais poder aquisitivo ou ocupar uma status social mais elevado.
O preconceito de classe social, como os demais, pode se manifestar por reações de intolerância e de dificuldade de convivência com indivíduos que não pertencem ao mesmo grupo social.

3. Preconceito religioso

O preconceito de religião acontece quando existe um sentimento de desprezo, desvalorização ou de superioridade de uma pessoa em relação à outra. A motivação desse sentimento é ligada à religião, à fé ou a um conjunto de crenças.
O preconceito religioso também se manifesta através de atitudes de falta de tolerância com a crença de outras pessoas, sendo assim chamado de intolerância religiosa.
Esse tipo de preconceito, dependendo da intensidade que acontece, pode gerar manifestações violentas, perseguições, guerras e ataques terroristas. Podem ser exemplos muitas situações de conflitos ocorridas em períodos antigos, como na Idade Média. Mais atualmente, podem ser exemplos casos ocorridos no Oriente Médio e em alguns países do Continente Europeu, como o Holocausto na Alemanha (1933 - 1945).

4. Preconceito de orientação sexual

O preconceito em relação à orientação sexual é o julgamento a partir de ideias preconcebidas em relação às pessoas que pertencem à comunidade LGBT. Nesse grupo são incluídas as lésbicas, os gays, os bissexuais e os transexuais (ou transgêneros).
O preconceito em relação à orientação sexual, também chamado de homofobia, é o sentimento de repulsa ou de aversão às pessoas homossexuais. Muitas vezes podem ter motivações religiosas ou culturais, e têm como consequência atos de intolerância e de violência contra os homossexuais.
Os crimes motivados por preconceito de orientação sexual são considerados uma violação (desrespeito) aos direitos humanos. Para ajudar a combater esse preconceito, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou o Dia Internacional contra a Homofobia, marcado no dia 17 de maio.
Saiba mais sobre o significado de Homofobia e conheça alguns dos momentos mais importantes no combate à homofobia.

5. Preconceito de gênero



Já o preconceito de gênero é a ideia de que uma pessoa, por pertencer a um determinado gênero, possui menos valores ou capacidades do que outras. Esse tipo de preconceito é muito comum em relação às mulheres, sendo especificamente chamado de misoginia.
A misoginia é o sentimento de ódio ou de desprezo em relação às mulheres, seguidamente fundamentada na ideia de que mulheres possuem capacidades inferiores às capacidades dos homens.
A misoginia é responsável por grande parte dos crimes de feminicídio, que é a tipificação criminal dada aos homicídios em que as vítimas são mulheres. O feminicídio é qualificado desta forma quando existe a comprovação de que as causas que motivaram o crime são relacionadas à condição de mulher ou outras questões relacionadas ao gênero.
Leia mais sobre Misoginia e Feminicídio.

6. Preconceito linguístico

O preconceito linguístico é definido como o preconceito entre pessoas que falam o mesmo idioma, porém com diferenças, que podem existir por diversas razões. O preconceito linguístico pode se manifestar como um desrespeito ao sotaque, à forma de articulação da linguagem, aos erros gramaticais ou ao uso de expressões regionais.
O Brasil, por exemplo, em razão da extensão territorial, possui inúmeros sotaques e modos de falar, devido às diferentes regionalidades. Entretanto, não se pode dizer que o português falado em uma região é mais correto do que outro. São, portanto, apenas diferenças regionais.
É importante saber que todos os idiomas possuem variações entre as pessoas que o falam, seja em razão da região, do grupo social, do tipo de educação escolar ou da idade.
Estas diferenças devem ser consideradas e compreendidas e não representam, necessariamente, que exista a predominância de um formato linguístico sobre outro.
De acordo com o linguista Marcos Bagno, que escreveu o livro Preconceito Linguístico: o que é, como se faz, este preconceito motiva o aumento da exclusão social.
Leia mais sobre o Preconceito Linguístico.













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