terça-feira, 6 de agosto de 2019

SOBRE O POETA...

Manuel Bandeira

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Manuel Bandeira
Manuel Bandeira, 1966. Arquivo Nacional.
Nome completoManuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho
Nascimento19 de abril de 1886
RecifePernambuco
Morte13 de outubro de 1968 (82 anos)
Rio de JaneiroGuanabara
NacionalidadeBrasileiro
OcupaçãoPoetacrítico literário e de arteprofessor de literatura e tradutor
Magnum opusLibertinagem
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife19 de abril de 1886 — Rio de Janeiro13 de outubro de 1968) foi um poetacrítico literário e de arteprofessor de literatura e tradutorbrasileiro.
É considerado como parte da geração de 1922 do modernismo no Brasil. Seu poema "Os Sapos" foi o abre-alas da Semana de Arte Moderna. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo NetoGilberto FreyreClarice Lispector e Joaquim Cardozo, entre outros, representa o melhor da produção literária do estado de Pernambuco.

Vida[editar | editar código-fonte]

Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Sousa Bandeira e de sua esposa Francelina Ribeiro de Sousa Bandeira,[1]era neto paterno de Antônio Herculano de Sousa Bandeira, advogado, professor da Faculdade de Direito do Recifee deputado geral na 12ª legislatura. Tendo dois tios reconhecidamente importantes, sendo um, João Carneiro de Sousa Bandeira, que foi advogado, professor de Direito e membro da Academia Brasileira de Letras e o outro, Antônio Herculano de Sousa Bandeira Filho, que era o irmão mais velho de seu pai e foi advogado, procurador da coroa, autor de expressiva obra jurídica e foi também Presidente das Províncias da Paraíba e de Mato Grosso.[2]Seu avô materno era Antônio José da Costa Ribeiro, advogado e político, deputado geral na 17ª legislatura. Costa Ribeiro era o avô citado em "Evocação do Recife". Sua casa na rua da União é referida no poema como "a casa de meu avô".[2]
No Rio de Janeiro, para onde viajou com a família, em função da profissão do pai, engenheiro civil do Ministério da Viação, estudou no Colégio Pedro II (Ginásio Nacional, como o chamaram os primeiros republicanos). Foi aluno de Silva Ramos, de José Veríssimo e de João Ribeiro, e teve como condiscípulos Álvaro Ferdinando Sousa da SilveiraAntenor Nascentes, Castro Menezes, Lopes da Costa, Artur Moses.
Em 1903, terminou o curso de Humanidades, a família se muda para São Paulo, onde iniciou o curso de arquitetura na Escola Politécnica de São Paulo, que interrompeu por causa da tuberculose (1904).[2] Para se tratar buscou repouso em CampanhaTeresópolis e Petrópolis.[1] Com a ajuda do pai que reuniu todas as economias da família foi para a Suíça, onde esteve no Sanatório de Clavadel, onde permaneceu de junho de 1913 a outubro de 1914, onde teve como colega de sanatório o poeta Paul Eluard.[1] Em virtude do início da Primeira Guerra Mundial, volta ao Brasil.[3] Ao regressar, iniciou na literatura, publicando o livro "A Cinza das Horas", em 1917, numa edição de 200 exemplares, custeada por ele mesmo.[3] Dois anos depois, publica seu segundo livro, "Carnaval".[1]
Em 1935, foi nomeado inspetor federal do ensino. Em 1936 foi publicada a "Homenagem a Manuel Bandeira", coletânea de estudos sobre sua obra, assinada por alguns dos maiores críticos da época, alcançando assim a consagração pública.[4] De 1938 a 1943, foi professor de literatura no Colégio D. Pedro II. Em 1940 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Posteriormente, nomeado professor de Literaturas Hispano-Americanas na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, cargo do qual se aposentou, em 1956.[5]
Manuel Bandeira faleceu no dia 13 de outubro de 1968, com hemorragia gástrica, aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, e foi sepultado no túmulo 15 do mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista.

Academia Brasileira de Letras[editar | editar código-fonte]

Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, onde foi o terceiro ocupante da cadeira 24, cujo patrono é Júlio Ribeiro.[3] Sua eleição ocorreu em 29 de agosto de 1940, sucedendo Luís Guimarães Filho, e foi recebido pelo acadêmico Ribeiro Couto em 30 de novembro de 1940.[3]

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