Ferreira Gullar
Ferreira Gullar | |
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Ferreira Gullar no Fronteiras do Pensamento, São Paulo, 2015 | |
Nome completo | José Ribamar Ferreira |
Nascimento | 10 de setembro de 1930 São Luís, Maranhão |
Morte | 4 de dezembro de 2016 (86 anos) Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Nacionalidade | Brasileiro |
Progenitores | Mãe: Alzira Goulart Pai: Newton Ferreira |
Ocupação | Poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta |
Prêmios | Prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (1976)
Prémio Machado de Assis (2005)
Prêmio Camões (2010) Prêmio ABL de Literatura Infantojuvenil (2011) Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cultural (2016) |
Magnum opus | Poema Sujo (1976) |
Assinatura | |
Ferreira Gullar, pseudônimo de José Ribamar Ferreira (São Luís, 10 de setembro de 1930 – Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2016[1]), foi um escritor, poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo[2]. Foi o postulante da cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras, na vaga deixada por Ivan Junqueira,[3][4] da qual tomou posse em 5 de dezembro de 2014.[5
Ferreira Gullar nasceu em São Luís, em 10 de setembro de 1930, com o nome de José Ribamar Ferreira. É um dos onze filhos do casal Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart.[2]
Sobre o pseudônimo, o poeta declarou o seguinte: "Gullar é um dos sobrenomes de minha mãe, o nome dela é Alzira Ribeiro Goulart, e Ferreira é o sobrenome da família, eu então me chamo José Ribamar Ferreira; mas como todo mundo no Maranhão é Ribamar, eu decidi mudar meu nome e fiz isso, usei o Ferreira que é do meu pai e o Gullar que é de minha mãe, só que eu mudei a grafia porque o Gullar de minha mãe é o Goulart francês; é um nome inventado, como a vida é inventada eu inventei o meu nome".[6]
Segundo Mauricio Vaitsman, ao lado de Bandeira Tribuzi, Lucy Teixeira, Lago Burnett, José Bento, José Sarney e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores. Até sua morte, muitos o consideravam o maior poeta vivo do Brasil e não seria exagero dizer que, durante suas seis décadas de produção artística, Ferreira Gullar passou por todos os acontecimentos mais importantes da poesia brasileira e participou deles.[7]
Morando no Rio de Janeiro, participou do movimento da poesia concreta, sendo então um poeta extremamente inovador, escrevendo seus poemas, por exemplo, em placas de madeira, gravando-os.[2]
Em 1956 participou da exposição concretista que é considerada o marco oficial do início da poesia concreta, tendo se afastado desta em 1959, criando, junto com Lígia Clark e Hélio Oiticica, o neoconcretismo, que valoriza a expressão e a subjetividade em oposição ao concretismo ortodoxo.[2] Posteriormente, ainda no início dos anos de 1960, se afastará deste grupo também, por concluir que o movimento levaria ao abandono do vínculo entre a palavra e a poesia, passando a produzir uma poesia engajada e envolvendo-se com os Centros Populares de Cultura (CPCs).[8]
Em 2014, ele foi considerado um imortal na Academia Brasileira de Letras.[5]
Ferreira Gullar morreu em 4 de dezembro de 2016, na cidade do Rio de Janeiro em decorrência de vários problemas respiratórios[9] que culminaram em uma pneumonia. O velório do escritor foi realizado inicialmente na Biblioteca Nacional[10], pois esse era um desejo de Gullar. Dali, o corpo foi levado em um cortejo fúnebre até a Academia Brasileira de Letras[11] no Rio de Janeiro. Uma semana antes de morrer, Ferreira Gullar pediu à filha Luciana para que o levasse até a Praia de Ipanema[10]. O enterro foi no Cemitério de São João Batista em Botafogo no Rio. Gullar ocupava a trígésima sétima cadeira da ABL[
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