segunda-feira, 12 de agosto de 2019

VIVA O POETA...

Ferreira Gullar

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Ferreira GullarGold Medal.svg
Ferreira Gullar no Fronteiras do Pensamento, São Paulo, 2015
Nome completoJosé Ribamar Ferreira
Nascimento10 de setembro de 1930
São LuísMaranhão
Morte4 de dezembro de 2016 (86 anos)
Rio de JaneiroRio de Janeiro
NacionalidadeBrasileiro
ProgenitoresMãe: Alzira Goulart
Pai: Newton Ferreira
OcupaçãoPoetacrítico de artebiógrafotradutormemorialista e ensaísta
PrêmiosPrémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (1976)
Magnum opusPoema Sujo (1976)
Assinatura
Assinatura de Ferreira Gullar.gif
Ferreira Gullarpseudônimo de José Ribamar Ferreira (São Luís10 de setembro de 1930 – Rio de Janeiro4 de dezembro de 2016[1]), foi um escritorpoetacrítico de artebiógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos fundadores do neoconcretismo[2]. Foi o postulante da cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras, na vaga deixada por Ivan Junqueira,[3][4] da qual tomou posse em 5 de dezembro de 2014.[5
Ferreira Gullar nasceu em São Luís, em 10 de setembro de 1930, com o nome de José Ribamar Ferreira. É um dos onze filhos do casal Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart.[2]
Sobre o pseudônimo, o poeta declarou o seguinte: "Gullar é um dos sobrenomes de minha mãe, o nome dela é Alzira Ribeiro Goulart, e Ferreira é o sobrenome da família, eu então me chamo José Ribamar Ferreira; mas como todo mundo no Maranhão é Ribamar, eu decidi mudar meu nome e fiz isso, usei o Ferreira que é do meu pai e o Gullar que é de minha mãe, só que eu mudei a grafia porque o Gullar de minha mãe é o Goulart francês; é um nome inventado, como a vida é inventada eu inventei o meu nome".[6]
Segundo Mauricio Vaitsman, ao lado de Bandeira TribuziLucy TeixeiraLago Burnett, José Bento, José Sarney e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores. Até sua morte, muitos o consideravam o maior poeta vivo do Brasil e não seria exagero dizer que, durante suas seis décadas de produção artística, Ferreira Gullar passou por todos os acontecimentos mais importantes da poesia brasileira e participou deles.[7]
Morando no Rio de Janeiro, participou do movimento da poesia concreta, sendo então um poeta extremamente inovador, escrevendo seus poemas, por exemplo, em placas de madeira, gravando-os.[2]
Em 1956 participou da exposição concretista que é considerada o marco oficial do início da poesia concreta, tendo se afastado desta em 1959, criando, junto com Lígia Clark e Hélio Oiticica, o neoconcretismo, que valoriza a expressão e a subjetividade em oposição ao concretismo ortodoxo.[2] Posteriormente, ainda no início dos anos de 1960, se afastará deste grupo também, por concluir que o movimento levaria ao abandono do vínculo entre a palavra e a poesia, passando a produzir uma poesia engajada e envolvendo-se com os Centros Populares de Cultura (CPCs).[8]
Em 2014, ele foi considerado um imortal na Academia Brasileira de Letras.[5]
Ferreira Gullar morreu em 4 de dezembro de 2016, na cidade do Rio de Janeiro em decorrência de vários problemas respiratórios[9] que culminaram em uma pneumonia. O velório do escritor foi realizado inicialmente na Biblioteca Nacional[10], pois esse era um desejo de Gullar. Dali, o corpo foi levado em um cortejo fúnebre até a Academia Brasileira de Letras[11] no Rio de Janeiro. Uma semana antes de morrer, Ferreira Gullar pediu à filha Luciana para que o levasse até a Praia de Ipanema[10]. O enterro foi no Cemitério de São João Batista em Botafogo no Rio. Gullar ocupava a trígésima sétima cadeira da ABL[

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