Motivar quando os alunos não conseguem perceber a relevância e aplicabilidade das aprendizagens
Quando a motivação diminui porque os alunos acham as tarefas e conteúdos irrelevantes e sem sentido ou não compreendem “onde vou usar isso na vida” é necessário utilizar estratégias pedagógicas que elevam o valor das tarefas e das aprendizagens escolares.
A definição de objetivos, por exemplo, tem reunido suporte empírico em como motiva e direciona os alunos.
Nestas situações, você pode:
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Fornecer tarefas, materiais e atividades que são relevantes e úteis para os alunos
Fornecer tarefas, materiais e atividades que são relevantes e úteis para os alunos
Tanto quanto possível, é importante relacionar os conteúdos escolares com a vida diária dos alunos, permitindo a identificação pessoal destes com a escola.
Desta forma, aprender cumprirá uma função positiva para aos alunos.
Estratégias desta natureza implicam o conhecimento das características, interesses e expectativas dos alunos.
Bem como a utilização de outros materiais e tarefas para além das prescritas nos manuais escolares adotados, que algumas vezes estão bastante desfocados das realidades de alguns alunos.
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Relacionar os conteúdos escolares com a resolução prática de problemas reais dos alunos
Relacionar os conteúdos escolares com a resolução prática de problemas reais dos alunos
Seguindo o item anterior, é importante partir de problemas reais para ensinar determinado conteúdo.
Trabalhar com problemas reais, ajuda a compreender a aplicação da teoria, estimula a autonomia do aluno em propor soluções.
E motiva o aluno no que se refere a construir o conhecimento.
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Intencionalizar o discurso na sala de aula, focando na importância e utilidade dos temas e atividades
Intencionalizar o discurso na sala de aula, focando na importância e utilidade dos temas e atividades
O discurso na sala de aula deve obviamente focar na aprendizagem e compreensão da aula.
No entanto, deverá também ter em conta que muitos alunos não conseguem compreender a utilidade, relevância e aplicabilidade de determinados conteúdos, a não ser que o professor as explicite.
Dar muitos exemplos reais e concretos ao longo das aulas permite intencionalizar as aprendizagens.
O que desperta nos alunos um envolvimento mais elevado e continuado.
Além disso, de forma coerente e oportuna, é importante ir introduzindo e explicando a noção de que nem todas as aprendizagens necessitam de aplicabilidade e relevância.
O conhecimento por si só é relevante.
Uma vez que a aprendizagem permite o desenvolvimento de competências que capacita os alunos para outras aprendizagens.
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Estimular a autonomia e proatividade dos alunos
Estimular a autonomia e proatividade dos alunos
A diminuição da passividade dos alunos em sala de aula é uma das estratégias que diminui a desmotivação destes.
Consequentemente, potenciar a autonomia e a proatividade dos alunos permite que estes se envolvam mais nas aulas.
Ter oportunidade de dar opinião, de decidir, de resolver problemas, de se co-responsabilizarem pelo ambiente de aprendizagem.
Inclusive trazendo problemas reais para resolver no âmbito de determinados conteúdos.
E apresentando resultados de pesquisas.
Todas estas formas de operacionalizar o envolvimento dos alunos, motiva.
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Estimular a definição de objetivos eficazes com os alunos
Estimular a definição de objetivos eficazes com os alunos
Um objetivo é um constructo unificador da cognição, afeto e comportamento.
Sem objetivos o comportamento humano seria improdutivo.
São os objetivos que originam sistemas motivacionais.
E além disso, os objetivos estão inevitavelmente associados a como as pessoas percebem a si mesmos.
É frequente percebermos que os alunos não definem objetivos para si próprios.
Apenas cumprem objetivos definidos por outros.
É importante auxiliar que os alunos formulem objetivos pessoais.
Os objetivos mais eficazes são os caracterizados por serem “SMART”.
Specific (específicos), Measurable (mensuráveis), Attainable (atingíveis), Relevant (relevantes) e Timed (temporizáveis).
É neste paradigma que objetivos como “tem que melhorar as notas” ou “tem que estudar para ser alguém” são ineficazes.
E devem ser redirecionados para objetivos concretos como “quero subir 10% no próximo teste de geografia”.
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Fazer projeção no futuro
Fazer projeção no futuro
Pode ser útil orientar os alunos para que se projetem no futuro.
É natural que os alunos se centrem única e exclusivamente no presente, tendo dificuldade em imaginar-se enquanto adultos ou profissionais.
Conduzir os alunos neste sentido poderá contribuir para que o aluno consiga compreender que alguma da funcionalidade e utilidade das aprendizagens presentes só se concretizará no futuro.
Por exemplo, aprender as figuras geométricas para reconhecer as diferenças nos sinais de trânsito quando tirar a habilitação.
Nesta linha, pode ser também útil e interessante envolver profissionais para darem exemplos ou darem o seu testemunho.
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Comunicar com regularidade com o conselho de turma e com os encarregados de educação
Comunicar com regularidade com o conselho de turma e com os encarregados de educação
Uma comunicação frequente, transparente e construtiva, quer com os restantes elementos do conselho de turma, quer com os encarregados de educação tem também um impacto positivo na promoção da motivação dos alunos.
Esta abordagem sistêmica, considera os diferentes agentes educativos.
E permite que o aluno perceba a articulação entre todos.
O que aumenta o sentido de consistência da importância das aprendizagens escolares.
Além disso, esta articulação permite efetivamente conhecer melhor o aluno.
Otimizar estratégias educativas e contornar de forma eficaz e precoce obstáculos e dificuldades que surgem nos processos de ensino aprendizagem.
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